quarta-feira, 9 de julho de 2014

“Colapso mental como nos manuais”


        Quando a cabeça determina o jogo: o psicólogo esportivo Bernd Strauss — em entrevista ao jornal Süddeutsche.de, conduzida pela jornalista Felicitas Koch—, explica o que aconteceu com a seleção brasileira depois do segundo gol e com o que o time alemão deve ficar atento na final. Achei o bate papo digno de tradução. 

Strauss é presidente dos psicólogos esportivos na Alemanha e professor do instituto de ciências esportivas da Universidade de Müster. Também é autor do livro “O Futebol — A Verdade. Como jogos de futebol são decididos pela cabeça” (Der Fußball - die Wahrheit. Wie Fußballspiele im Kopf entschieden werden).

Imprensa alemã eufórica


Foto do die Zeit: Brasil contra Alemanha: um jogo para a eternidade 

          Ontem eu mais parecia um pintinho indefeso, amarelinho, minguado e molhado em meio à eufórica torcida alemã. Hoje, acordei com a sensação de querer ser um avestruz, colocar o pescoção na terra e retirá-lo de lá só quando o trauma da goleada passar. Tá bom, sem dramas. Não gosto e não entendo de futebol mesmo.  Beckenbauer, Schweinsteiger, não são todos nomes inventados para treinar a pronúncia alemã?

Um pontinho amarelo na multidão



Como foi ver a torcida alemã vibrar com a goleada contra o Brasil 
     Quase assistimos a semifinal entre Brasil e Alemanha em casa. Aqui não é feriado, tínhamos acordado cedo, chovia, já estava combinado entre os amigos. Mas, assim, de última hora bateu uma dor na consciência de não sair para queimar sola de sapato e ver os acontecimentos de perto. Bem, não tão perto como estar em casa, no Brasa, mas nas ruas em território alemão. Sabe aquela sensação de daqui cinqüenta anos poder contar para os netos que você viu um bar inteiro silenciar enquanto você colocava os pulmões para fora de tanto gritar? Ahahha! Pode rir, eu permito.